INTRODUÇÃO À EVOLUÇÃO



1. EVOLUCIONISMO


    As ideias evolucionistas surgiram no século XIX como uma ideia contrária a ideia vigente do fixismo, onde os seres vivos seriam imutáveis, nunca mudariam desde que foram criados por deus. Este tipo de pensamento provém das ideias platônicas do “Mundo das Ideias”, onde tudo que existe no mundo físico, existe antes como uma ideia ou um ser ideal no mundo das ideias, ou seja, antes de existir um boi, existia antes a ideia de um boi e um ser ideal de um boi neste mundo. A ideia evolucionista apareceu dando um contraponto ao fixismo, onde os seres mudariam com o tempo, de forma gradual e lenta. A ideia evolucionista foi vista como uma afronta a religião, podendo ter essa interpretação até os dias atuais (o que levou a criação da hipótese do Design Inteligente, hipótese que diz que certas características são complexas o suficiente para não terem surgido na natureza e evoluído de uma forma simples até a complexa atual, deveriam ter sido selecionadas e formuladas por um ser superior (Intelligent design theory in a nuttshell, 2004)). 

2. EVIDÊNCIAS


    Algumas evidências que apontam para a comprovação da evolução são: 

    Fósseis. Atualmente temos diversos cladogramas que ligam seres antigos e atuais por meio de diversas formas de relacioná-los. Uma delas são os fósseis. Fósseis estes que são intermediários entre espécies antigas e as atuais, tanto geneticamente, quanto fisicamente. 

Fóssil de Nodossauro. Foto Cursando História


    Análise bioquímica e genética. A forma como o DNA de certas espécies é próximo é evidência clara de um parentesco próximo. 

    Embriologia comparada. Caso observarmos a embriologia da maioria das espécies, veremos etapas muito parecidas de formação das suas estruturas. Antes mesmo de nascermos, pode-se observar inúmeras estruturas que não possuímos, que antes de nascermos, somem. Algumas são as fendas branquiais, a cauda e a notocorda. Certas estruturas acabam por se tornarem outras, por motivos de uso e necessidade. 

Embriologia Comparada. Foto O Melhor da Biologia


    Órgãos vestigiais. Órgãos que hoje em dia não possuem muito uso, mas em ancestrais possuíam. O apêndice é o mais claro exemplo, ele é muito útil em seres herbívoros, nos coligando a seres que antes eram herbívoros (ou talvez onívoros que se alimentavam principalmente de vegetais). Outro caso é o dente do ciso, hoje sem uso, mas antes muito útil para mastigação. 

    Irradiação adaptativa e convergência evolutiva. Irradiação adaptativa é o processo descrito por Charles Darwin que consiste em, um curto período de tempo, várias espécies surgirem de apenas uma única espécie, cobrindo diversos nichos ecológicos. O exemplo mais claro foi sua experiência com tentilhões nas ilhas galápagos, observou o surgimento de diversos pássaros adaptados para conseguir diversos tipos de alimento. Já a convergência adaptativa é quando dois seres possuem caráteres semelhantes independente de suas origens ancestrais. As nadadeiras de golfinho e tubarão são exemplos, órgãos análogos, com origens diferentes, mas por estarem no mesmo habitat, acabaram por desenvolver tais características de forma semelhante, mas com origem distinta.

Convergência Adaptativa. Foto Mundo Educação


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    Aqui termina a introdução ao estudo da evolução. Espero que tenha sido de boa ajuda a vocês, focaremos mais nas teorias evolutivas mais adiante. Equipe BioJournjal.

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